quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Dez da noite.

Com um cigarro na mão acendeu uma vela pela falta de energia que prendia os cômodos grandes do seu apartamento. Iluminou, fumava se deliciando com pouca poesia pelo triste fino silêncio que a falta de paz lhe entregava. Seu suor seguido pelo calor da luz bem próximo ao seu olho, causou em seus pensamentos graus comparativos, entre ele e o mundo. As pessoas caminhavam na rua, o som delas o atordoava, com expectativas da surpresa que lhe poderia corromper do lado de fora.
Não havia nada para enxergar além de dois olhos grandes e verdes. Ligou o rádio, tocava na estação uma música que desde já detestava. A escuridão parecia que o engolia pouco a pouco. O barulhar do relógio, fazia a agonia invadir seus poros. Acendeu outro cigarro! Não havia passado minutos longos, para minutos a menos de vida, na entrega desenfreada de seu vício, único e tórrido companheiro.
As paredes que antes conversavam com ele, se silenciaram num interrupto: adeus. Deus, onde estás agora?
Os tacos da casa não rugiam pois não havia outra alma para pisar neles. O vazio lhe parecia cheio. Com graça e desgraça ao mesmo tempo. Sorriu... Caminhou entre a escuridão para chegar na varanda, que lhe dava uma vista da panorâmica cidade que morava. Se lembrou do interior que viera, da saudade em lamentar até os dias atuais precisar visitar em finados os pais. Não tinha filhos, apenas uma brilhante carreira, corrompida pelo interesse do seu Whisky mais caro. Não, ele nem se importava tanto com as figuras do retrato em cima da mesa, que não conseguirá enxergar, pelo buraco negro que seu apartamento ecoava. Longe dali, fagulha de luz. Na imensidão de estar derrotado, descobriu na força de perder, a ausência de precisar necessariamente dormir ganhando. O que passava por sua cabeça, eram apenas fatos passados que não deixavam o rapazote em paz.
Menino moço, namorador. Com vinte e cinco anos um galã dessas novelas mais baratas, da emissora mais cara. Um talento nato, para não fazer nada, além de ser solidário com seu próprio sofrimento. Tudo era uno, apenas um, só para você. Nada se mistura, não tinha com quem se envolver. Parecia que as paredes foram de encontro uma com as outras. O espaço grande começou a se tornar pequeno.
Remédios foram clareados pela pequena luz que habitava a imensidão, foi pegado um a um pelo mocinho, nada bonzinho, das histórias nada fantásticas!
Bebericou um pouco de água. E não acordou nunca mais.
No fim, estirado no chão como um cachorro velho. A luz do amanhecer invadiu  a sala de estar, e lá estava ele. Debruçado em meio a seus pecados, de pensar em ter pecado demais.
Já não mais vida, nem erros. Agora, perdão!

Raphael Ventreschi.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Então, amor. Ela, eu. E nada mais precisa de ser resto no mundo.



Estava sentadinho ali, como quem não queria nada. Fui me achegando... Delicadamente me sentei ao seu lado, ofereci um dos meus cigarros amassados que estavam dentro do bolso, você me disse: Não! De principio com uma cara meio nervosa olhou sistemática para os meus lábios rejeitando-os. Eu mais do que depressa dei dois passados sentados para o lado esquerdo que me afastava de você.
Condessados ao silêncio, tirei meu ouvidor de músicas da mochila. Você olhou para mim e disse que estava no primeiro colegial, mais do que depressa, pausei a música e consegui fazer minha língua desembaraçar naquele lance de nervosismo adolescente. Eu apenas sorri.
Meu pensamento: Que idiota imbecil. Ela, nunca olhará para você, com essa sua cara de quem está mendigando atenção e uma mudez em grau nervoso.
De volta para a Praça na primavera.
Eu alguns segundos depois de pensamento acelerado. Respondi: Eu também! Ela então me disse: Empreste-me então um cigarro deste, mas com uma propriedade de quem iria me devolver um dia.
Mais do que depressa tentei arrancar o maço que já havia colocado novamente no meu bolso. Me embaracei um pouco, mas enfim... Consegui! Ela pegou um dos meus tortos cigarros baratos, e com seu esmalte preto, ficou segurando. E eu fixamente olhando pra ela, não me liguei que faltava alguma coisa. Ela ressalvou a falta: Ei, eu preciso do isqueiro. E com um olhar simpático abaixou os olhos e acendeu o cigarro. Mas, dessa vez não olhou para meus lábios os rejeitando. Na verdade, nem olhou.
Ficamos mudos, nos cincos minutos subsequentes que dura um cigarro. No final, ela disse que precisava ir embora. Meu coração embalado tinha a presunção de gritar: Não! Mas, minha razão não disse nada, ela se afastou.
No outro dia, não matei aula e nem ela. Nos encontramos nos corredores da escola. Acredite, eu sorri! Ela apenas olhou para mim, como se fosse submissa a sorrisos. Me senti tão intrigado, precisaria correr quilômetros para fazer aquele constrangimento passar. Todas as vezes que ela estava perto de mim, eu ficava gelado, duro como uma grande árvore, acelerado como em um final de campeonato de futebol.
Passamos, e na verdade, eu queria era oferecer outro cigarro.
Na saída do colégio, ela veio em minha direção, não podia impedir do meu rosto ficar vermelho como se tivesse levado dois tapas no rosto com força e veemência! Ela se achegou, olhou dentro dos meus olhos. Os seus cor castanha escura, o meu castanho escuro quase preto. E disse: Está aí, seu cigarro, tratado não sai caro! Sorriu simpaticamente virou as costas e se foi.
Não me contive, corri atrás dela e roubei um beijo. Ela assustada, correu. Esta corrida parecia tão grande, me dava a sensação que ela se distanciava rapidamente de mim em segundos. 
Foi a primeira vez que chorei trancado sozinho no meu quarto, com medo de ter perdido o que me trazia as melhores sensações que a vida já havia oferecido.
No outro dia, na escola, as amigas dela, todas! Vieram me dizer sobre o amor grande que ela sentia pelo meu jeans apertado e minhas camisas coloridas. Pela paixão que ela via no meu all star, nos pulos de alegria que ela dava ao me ver chegar com os cabelos todos arrepiados.
Ela era sonho, e eu realidade. Eu era sua realidade, e ela, meu sonho. Não sei, mas parece que estávamos com medo de uma negação de ambas as partes.
Mas eu a apertei bem forte nos meus braços no recreio. E vocês acreditam, ela chorou. E me contou sobre todas as cartas que sempre escrevia e nunca me entregou. E eu disse tudo pra ela também. Sobre minhas fúnebres noites de sono, por estar com o pensamento apenas nela. Fizemos planos, sonhamos. O sinal tocou, e olha que pareciam os vinte minutos mais curtos da minha vida. Era muito assunto, muito para conhecer.
Saímos da escola e fomos tomar um sorvete e fumar outro cigarro barato. Eu e ela, começou assim...
Na formatura do terceiro colegial. Eu sentado em uma mesa, parecia que havia um buraco grande entre eu e as outras pessoas. Ela ainda não estava ali, meu anjo guia, minha amiga, meu amor, minha vida. Estava em transe de medo que ela não chegasse pelos problemas que ela teve com sua melhor amiga, dias antes da festa. Eu ligava interruptamente, ela não atendia. Eu ficava sufocado com a ideia dela não aparecer.
Eis que surge um anjo, com rosto transformado pela alegria de estar ao lado de sua melhor amiga. Acho que o atraso foi por isso. Porque até hoje ela não contou quais foram os motivos.
Dançamos a valsa, fizemos mais algumas promessas e rezamos pelos vestibulares.
No outro dia, pela tarde. Fomos atrás de nossos resultados ansiosos para irmos para o mesmo campus, ser felizes para sempre! Ledo engano, destino desgraçado. Intimidou nossa história em simplesmente nos separar por escolhas inconscientes.
Eu fiquei estático, havia conseguido passar em medicina. Ela ficou surpresa porque nunca imaginou que conseguiria sua bolsa em artes plásticas. Era um tombo de alegria com frustração. Eu não mencionei nada sobre separação e despedida, e nem ela disse nada sobre, dores e lágrimas.
Mas o tempo iria passar, a conversa precisaria acontecer. E novamente, eu fiquei noites sem dormir, pensando em como seria minha vida distante... Dela!
Duas semanas depois, ela foi até lá em casa, eu estava nas aulas de habilitação, e ela gelada com um cubo de gelo, sentada na minha cama. Minha mãe me olhou com um olhar entristecido assim que passei pela cozinha. Eu acredito que ela já pressentia. Foi tudo padronizado. Ela me disse que a distância seria horrível para o nosso relacionamento, que não daria para manter uma relação assim. Seca, fria, rápida. Pegou sua bolsa. E nunca vou me esquecer da saia longa dela passando sobre minhas pernas. Foi a última sensação dela que me sobrara.
Fiquei estático como se o mundo tivesse parado! Eu pensei em me matar, eu pensei em matar ela, eu pensei em desistir da faculdade, eu pensei em desistir, eu pensei em morrer, eu pensei em desistir, eu pensei em parar de vencer. 
Adormeci, chorando como um louco esvairado que é abandonado pela mãe. Acordei com as interrogações de sonhos na minha cabeça. E com o cigarro amassado no bolso.
Passou o natal e eu fiquei mudo, no ano novo sonhei com ela, pois passei dormindo.
Chegou o dia de ir para a tão sonhada Universidade! Peguei minhas malas, olhei nossa fotografia mais uma vez. O Ted e o Lui, os bichinhos que ela havia me dado no primeiro aniversário de namoro que comemoramos.
Neste dia eu não chorei, sabia que alguma coisa dentro de mim estava mudando. Troquei o número do meu telefone. E nunca mais eu a vi.. 
Mas a história não acabou!
Foram anos de estudo, residência. Eu estava preparado! Iria me tornar médico obstetra! Que delicia, mas minha felicidade sempre era pelas metades. Tentei me envolver com  a menina simpática do curso de medicina, mas não me foi ofertado amor suficiente. Nestes anos todos, não transei com ninguém. Só fumei um pouco de maconha e bebi altas doses de Uísque.
Meu pai, com muita luta e suor e juntamente com as economias da residência que eu havia executado, conseguimos montar minha clinica. 
No dia da inauguração, eu com aquele olhar sério, prevenido para qualquer embaraço que viesse a ocorrer pela timidez que sempre esteve presente em mim. Contava para alguns amigos sobre como havia sido emocionante trazer a vida pela primeira vez, como tinha sido gratificante o primeiro parto que eu executara. 
Com um cigarro amassado, veio em uma bandeja envolto a um papelzinho escrito: Eu estou esperando você ali fora de esmaltes pretos e olhar submisso agora para você! 
Não sei, a explicação para aquela sensação é indescritível. Eu fique assustado, perdido, sem foco. Perdi toda a pompa que havia treinado a meses para não deixar acontecer. Respirava, contava os segundos que ela poderia estar esperando. 
Eu fui lá fora, não havia ninguém. Eu fiquei muito decepcionado com a brincadeira de mal gosto. Na hora que me virei para entrar de novo, no pequeno jantar ofertado. Eis que eu ouço a suave voz dela! Chamando-me meio ofegante: Ei, eu estou aqui! Olhei para trás era ela. Mais velha, linda como sempre, sem o seu brinco no nariz e com uma tatuagem no pulso, escrito: Ele! 
Conversamos horas, horas. Todos os convidados foram embora e mal me despedi. Minha mãe no canto escuro chorava de emoção ao nos ver juntos. 
Falamos da faculdade, das bagunças que aprontamos. Ela me disse dos amores de estação que ela se permitiu viver. Conversamos mais alguma coisa. 
E ela disse assim: Quer casar comigo? Naquele momento, não sei em qual hemisfério eu me encontrava. Mas fazia quase nove anos que não nos víamos. E nossa mudança deveria ser grande, mas mesmo assim ela continuava apaixonada e eu também. 
Que amor é esse? Que preencheu as barreiras do tempo e conseguiu suportar a dor da distância? Que amor é esse? Que se guardou vivo durante tanto tempo, onde corpos e lábios não se encontravam?
Este era meu amor, este era o amor dela.
Nos casamos, tivemos três filhas maravilhosas. E até hoje eu durmo com meus braços, abraçados no aconchego do amor dela.
Não vivi mais nada na minha vida que não fosse a fissura de um amor que apenas bem me fez. Nunca consegui encontrar outra razão para viver que não fosse minha família. Encontrei na profissão de trazer a vida, razões o suficiente para viver minha vida. 
Foi na ilusão diária de viver um conto de fadas, que eu me faço seu príncipe todos os dias. E é nessa paixão que ainda vive e é avassaladora que eu digo. Eu amo você, para sempre!
E hoje, bodas de prata! 


Raphael Ventreschi.
http://www.facebook.com/pages/Raphael-Ventreschi/402073789846187

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Danielly [...]

Éramos dois... E me lembro de você deitada junto comigo no sofá se deliciando com meus desalinhos de descobrimento. Seu sorriso de encontro ao meu me fazia tão feliz. Não me sinto triste pela distância de fazer você precisar ir embora! Mas fico assustado de como o tempo passa depressa. Você me viu menino, me pegou em seus braços, me deu colo. Descobriu junto comigo todas as possibilidades infalíveis. Foi minha primeira grande amiga, meu grande braço de consolo, meu norte, sul, meu primeiro grande amor. Era com você que me deliciava com os domingos, correndo, gritando, imaginando, sonhando. Era você que eu esperava todos os dias antes de chegar da escola, pois eu sentia saudades. E eu ainda consigo sentir o seu cheiro, dentro de cada cômodo que existe aqui na nossa casa. Me lembro de quando estávamos começando a crescer, e você mudando, amava passageiramente mais suas amigas. E o destino fazia você voltar para os meus braços. Pois, foi sempre eu que ouvi seu choro em silêncio, e depois do seu Marido, o primeiro que amou seu filho! Eu sinto tanta saudade de quando nós tínhamos tempo para perder. Quando uma tarde inteira, parecia apenas mais uma leva de brincadeiras e descobertas. Você sempre foi meu grande espelho, minha grande inspiração de ser humano. Eu sempre amei tudo que você tinha tudo que você construía... Eu amo tudo que é! Em cada detalhe, seja em seus defeitos que não como antigamente, mas repentinamente eu entendo. Ás vezes demoro um pouco mais para aceitar, mas eu aceito. Me lembro de quando sentávamos do lado de fora da nossa antiga casa, e sonhávamos com o futuro, e ficávamos pensando em tudo que poderia acontecer, quando estivéssemos onde estamos agora! Se existe alguma explicação para tudo o que eu sinto? Não sei! Mas é tão real e verdadeiro que me faz bem. Muitas vezes é doloroso eu saber que não vou ouvir você chegar em casa, que não haverá no outro dia milhões de histórias para você me contar. Me dói tanto em alguns momentos, saber que você iria gritar comigo por alguma bobagem. Não sentir o cheiro do banho que você tomava, saudades dos programas de televisão que você tanto gostava. Mas juro, assisto algumas vezes só para me lembrar de você! Sinto saudades de nos domingos entrar no seu quarto só para ter certeza que você estava ali, dormindo. O tempo passa, e tão rápido. Não que seja ruim hoje, você está feliz! E, eu feliz por ver você assim, de verdade. A vida gira muito, e coisas se dissipam. Não o amor, mas a presença física sim. Hoje, você não está mais aqui todos os dias. Mas meu amor por você nunca irá mudar. A ligação de irmãos é muito maior que qualquer adversidade que possa existir e qualquer distância que o mundo possa proporcionar. Pois, apenas eu e você conhecemos o colo de nossa mãe, mamamos do mesmo leite, corremos pelas mesmas estradas, dividimos nossos primeiros segredos, brigamos pela maior besteira que existia, quebramos alguns objetos importantes, tiramos a primeira foto. Foi com você que eu aprendi a amar as pessoas, acreditar nelas, conviver com elas. E é com você diariamente que eu aprendo a ser uma pessoa melhor. Só nós dois, tivemos a sensação de juntos conhecermos o mar, de entender a felicidade do outro, o amor que o outro sente por algum outro, o desespero da dúvida, a súplica da ajuda. Você traz para minha vida mais alegria, por apenas estar do outro lado, bem e saudável. Vou estar sempre por aqui, orando por você, desejando o seu melhor sempre. Na minha vida apenas algumas coisas são preciosas como você! E minha irmã, seu lugar no sofá será apenas seu para sempre. E eu morro de saudades do tempo que nós podíamos brincar de ser gente grande. Mas me sinto feliz de saber que estamos crescendo, juntos! A vida não para! E nesse ciclo todo, eu desejo morrer antes de você. Pois, seria impossível saber que você não estaria aqui! E nessa correria do dia-dia, não se esqueça nunca que eu te amo! Um dia me escreveram essa frase, e acredito que ela se encaixa muito bem para você: "Você tem cheiro de estrelas que Deus colocou no céu!"


"Eu vejo a vida melhor num futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodiar

Eu vejo a vida mais clara e farta

Repleta de toda a satisfação 
Que se tem direitoDo firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa

Que isso valha pra qualquer pessoa 
E realizar a força que tem uma paixão Eu vejo um novo começo de era De gente fina elegante e sincera
Com habilidade, pra dizer mais sim, do que não

Hoje o tempo voa amor..
Escorre pelas mãos 
Mesmo sem se sentir Que não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há para viver 
Vamos nos permitir “

Raphael Ventreschi. 


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Coisas Que Perdemos Pelo Caminho...


Então se atente para que depois não seja tarde demais. Poupe-se em encontrar estratégias, muitas vezes ir em rumo ao que a vida oferece pode ser uma forma de aderir coisas pelo caminho, não se perder entre as vielas das escolhas que parecem que vão preencher você!
Pode ser que daqui uns vinte anos, você olhe no fundo dos seus olhos na fotografia e imagine: Quanto tempo se passou, e quantas, tantas coisas você deixou para trás? Será que não tem alguma coisa esquecida no caminho? Será que seus erros fizeram com que a melhor parte das pessoas se afogassem na magoas que você as ofertou? O oferecimento do melhor sorriso, das conversas prazerosas, de verdade... Não é perder, é ganhar! E com o tempo em que acumulamos bons momentos, boas pessoas. O melhor de qualquer situação é meditá-la antes e ter a certeza que foi o suficiente, que no caminho nada ficou esquecido e nem foi impertinente.
Então, se for para chorar que se entregue agora! Não deixe para mais tarde sussurros de paixão, nem vertentes de desejo. O esquecimento é temporário, uma hora, ou outro mês, de algum ano, a vida vai cobrar de você respostas sobre as buscas que você deixou pela metade, sobre os sonhos que você deixou passar em tom lilás, aos sombrios frios que deixaram de ser aquecidos. O mundo pode não perdoar você. Não é estratégia ser feliz, não existe um plano ou forma. São acasos, abraços, amassos, fatos. Os jogos vão se estreitando, de verdade? Outra vez? Você vai perder muito mais  do que o seu oponente.  Pode ser que o passado prove para você mais dignidade que o futuro, por isso é importante não deixar coisas perdidas no caminho. Aumente seu velocímetro ao ponto máximo de ebulição, corra atrás dos seus inimigos e me faça o favor de fazer sua parte, perdoa-los!  A mágoa fica só para você, a dor vai ser sentida apenas pelo seu coração. Não se faça solitário quando a vida está convidando você para dançar.
Parece inapropriado, mas estoure champanhes fora das vésperas de finais de ano, faça algumas coisas fora do ritmo... Para você não perder nada no caminho.
Procure entender o para que as coisas acontecem, e não seus motivos tolos. Todos vão nascer todos vão crescer, todos vão morrer. E isso é fato por mais doloroso que seja. Aproveite a juventude para explorar a poesia em estar vivo, e agradeça a velhice por conseguir entender a métrica das mesmas estrofes.
Não se sufoque com o medo que te impede de ver além das grandes paredes que separam você, da verdadeira felicidade. Perca toda essa redoma de proteção contra o sofrer. Pois, uma hora ou outra, você vai se despentear e precisará rebolar bonito.
Seja bonito, acredite que és o mais incrível que a vida pode proporcionar. Almoce pitadas de boa vontade. E "literatize-se", a navegar pelos mares cor de mel que a vida tem doce para você.
O melhor nem sempre é o necessário. O melhor é apenas o suficiente. Depois das dez, bom filme. Depois de um beijo, que seja amor. Depois do abraço, aconchego. Depois do fato, confirmação. Depois da saudade, redenção. Depois do entendimento, ensinamento. Depois da competência, partilha. Depois do sucesso, descanso. Depois do trabalho, seus filhos. Depois do passado, o presente. Antes do futuro, deixe para mais tarde. Depois da tarde, a noite. Depois do recado, o telefonema. Depois das flores, o pedido. Depois da canção, a inspiração. Depois dos estudos, ascensão! Depois dos desencontros, encontro. Depois do desespero, apelo. Depois dos amigos, amigos. Depois do medo, refúgio. Depois da dor, alegria. Depois do natal, páscoa. Depois do desconhecido, o provável. Depois das duas e meia da tarde ou da manhã, boa sorte... SEMPRE! E antes de tudo, Deus!
E não se esqueça do que pode ficar pelo caminho! 


Raphael Ventreschi. 

terça-feira, 31 de julho de 2012

Metáforas do meu pensamento que voa.

Acho que você deixou alguns retalhos seus por aqui, posso devolve-los?
[...]

Na escuridão, encontrou-se a luz. No medo obsessivo de não arriscar nada, elevou-se a coragem de ser digno de arriscar! Como você, como qualquer outro. Na plenitude irrelevante, de apenas ser uma incógnita, continuar sendo a pergunta... Nas respostas, ser questionado. Na Fé, abraçar!
Já parou para pensar nas raridades? Nas que existem aqui, ali, no meio de campo, na hora do ataque, no brilho do gol?
E foi decidindo calçar as chuteiras e ir para o jogo, deixar de narrar.
Na incompreensão, tentar tornar-se compreendido, no empreendimento, obter sucesso. Na vida amar, mais amar e deixar-se conquistar.
Não existem distâncias que impeçam você de ir longe, se realmente você acreditar que todo e qualquer desafio é palpável a ser realizado.
O limite é uma causa que você encontra, ir além das suas expectativas é ir mais longe, e quem sabe navegar na calmaria de perder, mas saber que fez o possível quase irreal para que isso acontecesse.
Não desistir assim que chegar no meio do texto, não deixar que suas palavras se calem em meio há tanto barulho e confusão.
Caminhos concretos são aqueles que existem resistência apesar de qualquer outra coisa. Amor é alimentado pela esperança de acordar todos os dias com saúde.
A consequência é pagar pelo o que é justo. Se sujar, é uma forma de dizer que está se transformando. Ser passivo a erros é uma forma de estender a mão para todos que precisam.
Ser desafiado a mudança é o primeiro passo para alcançar o reino dos Céus!
Se importar com a dor do próximo é deixar-se importar em fazer dois serem mais... E quando não existir mais nenhuma força, que exista AMOR!

Boa Noite.

Raphael Ventreschi.

domingo, 15 de julho de 2012

Nem cantar, nem dançar.


Não canto mas subo no palco para dizer, enceno meus dramas, cumpro minhas tarefas. Então que ascendam as luzes, e comece a contar o meu tempo. Não me dê tanto tempo assim, posso ficar enrouquecido, mesmo não sabendo cantar. Vou subir os escadarilhos de uma fama que jamais irá me pertencer, e navegar nos artefatos da fotografia. Ouça, vou fazer seus olhos brilharem, e como fagulhas sujas do pó da minha intransição, você ira entender. 
Comece comigo o show, mas vá embora antes que ele acabe. Não desmonte o palco, me deixe sonhar mais um pouco. O domingo me serve de paradoxo de sonho. De coisas que eu jamais farei, mas que meus pés me levam a flutuar. 
Compraram então, dois, três laços vermelhos e embrulhou o pacote... Enorme, cheio de... Eu deixo você imaginar. 
Cada pedaço meu, seria uma forma imperfeita de montar sobras que ficaram pelos anos que a vida já me tomou. No meu sumo sagrado de "ralar" para ser, ficaram apenas os meus olhos em cima de uma mesa, meio escura no canto da sala perversa onde aconteceram todos os crimes. 
Mas eu continuo afirmando, eu não sei cantar. Se você ouvir vozes parecidas, é mentira. Este não sou eu. 
No meu sombreiro apenas um pingo de paixão para não afogar o amor que sinto. Amor este, que move, que transforma, que me faz sapatear. 
Também não sei dançar. Mas eu poderia fazer você sonhar com cada dedo talhado frio meu na sua cintura, levando dois para lá, dois para cá. 
Baldes de água fria, uns litros de leite podre, ovos. Porque eu não sei cantar! 
Fui vivendo, fui me traindo, fui me corroendo. Ascendendo, gemendo, perdendo, grunhindo. Sabe Zé, não tem história melhor que essa, esse Epílogo é curto demais para contar qualquer conto.
Minha resenha tá fraca, mas, franca. Dizem que a sinceridade é um dom, eu digo que é defeito dos piores!
Eu não sei cantar, dançar e nem amar. Não me ensinaram com cartilha bonita, e nem com letras grandes até aprender a escrever. 
Sou de um povoado, de duas cidades, de quantos Países quiser. Sou do norte, vim do Sul... Vou para o Sudoeste de mim mesmo. Mim que não conjuga verbo, mas soma, traz, reveste, aprecia. 
Na minha lentidão monumental de não ir para lá nem para cá, eu aprecio você a vinho tinto e queijo. Faço depois umas promessas e fujo. 
Fujo daqui, fujo de mim, fujo para mim. Corro para lá, coiso aqui, arrumo ali. Indecifravelmente eu vou afiando meus sentidos para todas as coisas que venho a ouvir, e trabalho para não pecar mais. 
Ou nem tanto assim... 
Mas eu não sei dançar!

Raphael Ventreschi. 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

21.

Quero propor vinte e um motivos para continuar:

1. Ser feliz;
2. Amar minha família como se não existisse depois;
3. Amar meus amigos com o mesmo amor que dedico há 7.665 dias;
4. Ofertar aos necessitados palavras de entusiasmo;
5. Andar descalço na areia da praia;
6. Sambar no carnaval;
7. Dar risada desmedida mais um dia sem me preocupar com o horário;
8. Ter os meus abraços de sempre, calorosos;
9. Pedir proteção Divina;
10. Olhar dentro dos olhos de um amor e dizer: Eu te amo;
11. Realizar pelo menos um dos meus grandes sonhos;
12. Estudar um pouco mais;
13. Me dedicar a fazer poesia, prosa... "Sucessiar";
14. Dançar até meu corpo cansar;
15. Fazer exercícios físicos;
16. Fumar menos um cigarro por dia;
17. Ter um humor melhorado;
18. Ser menos grosseiro com quem me ama;
19. Rir para os problemas, antes de chorar por eles;
20. Comemorar;
21. Aprender a me erguer depois de perder!

[...]

Eu continuo aqui o mesmo, as vezes eu fico pensando que depois do dia 26/06, eu vou acordar com novas órbitas. Mas não, continuo na mesma realidade. Pois, a vida vai mudando devagar.
Gosto do meu sapateado alto, dos meus tons agudos, enfurecer a vida com veemência. Vou procurando nos caminhos, onde eu me perco, uma forma de recomeçar. Vou jurando algumas coisas que sei ser impossível alcançar. Vou vivendo, vou me permitindo.
Mas depois de vinte e um anos, hoje eu consigo me amar um pouco mais. Sei admirar mais as coisas que eu faço, aceito o reconhecimento vindo de terceiros, dos meus erros.
Queria discusar com mais beleza, mas retrospectiva de vida sempre nos remete à saudade e uma lembrança nas incapacidades que tínhamos quando éramos menores.
Não sou mais o menino que poderia correr para o colo da mãe e chorar. Não sou mais o moloque leviano de acordar todos os dias ao meio dia. (Ainda aos sábados!). Não posso ser mais o mocinho de roupa comprada pela mãe. Não sou mais o pré adolescente que acreditava que o mundo era uma novela. E não posso mais ser o adulto que acreditei que seria!
A vida muda em uma constante tão rápida que até eu mesmo me perco no meio de tantas tormentas de alegria, vibração, conquistas, medos, perdas, ganhos, vivência , libertinagem, responsabilidade.
Hoje, professor. Tenho uma profissão estudo para isso, me doo por inteiro, acreditando que estou no caminho certo. E tempo, você passou voando. E parece que eu fiquei aqui esperando você correr.
O que me trouxe de bom? O que me levou de melhor? O que levou de ruim? O que me trouxe de dor?
São dias de paz, são dias a mais. São dias que eu não quero mais. São dias que eu procuro paz.
Minha vida, um resumo no meu diário cotidiano de escrever nas paredes apenas estilhaços do meu coração que fica marcado por tudo o que a vida me trouxe.
Trazer todos que algum dia me fizeram sorrir, saudade. Todos que me fizeram chorar, saudade.
Meus cachorros, meus heróis, minhas músicas, meu ídolos, meu infinito medo do escuro, minha ansiedade desmedida pelo aniversário. Meu exagero em ser um ser humano só.
Invento histórias para me esconder, vou me refugiando nas histórias que podem me desocupar de toda a responsabilidade de ser eu.

[...] Daí me conjugando em terceira pessoa do singular, observando e narrando minha vida que não pertence só a mim...

Ele uma história avessa uma complexa habitação de vários personagens. Que com o mesmo sorriso foi fazendo os mesmos castelos. Passaram ondas, derrubaram, mas lá está ele tentando erguer de todas as formas de novo, com seu caminhãozinho pequeno, toda sua edificação de pedra. Ele que canta sem pudor de ser ouvido, que não se decide, que vive implícito dentro dos cenários onde todos se resolvem e jogam as cartas na mesa. Ele que tem uma falta de preocupação desmedida. Ele que desempara na necessidade do amparo e se faz poesia na hora que não é necessário amparar. Ele que joga fora os maiores tesouros para lapidar pedras. Ele que se esvaí. Ele que não tem pudor ao entregar-se. Ele que já não se importa tanto com terceiras opiniões, mas continua preocupado que todos olham para ele. Ele que crê e tem fé em Deus, que um dia tudo será como sonha. Ele que ama infindavelmente tudo que está em sua volta. Ele que aprende a aceitar que a vida não é só um jogo de azar. Ele que vai caminhando até seus pés se findarem em feridas, mas caminha. Ele que desprovido de pecado, peca. Ele que desacreditado acaba acreditando. Ele que abraça o feto, ama o menino, e cobiça a moça da venda. Ele que almeja  um amor para sempre. Ele que se apaixona ,todos os dias, por pessoas diferentes. Ele que grita, ele que não fala, ele que diz, ele que não quer, ele que perdoa, ele que não procura, ele que não muda, ele que se transforma, ele que faz, ele que compõe, ele que detém, ele que alicerça, ele que erra, ele que perde, ele que mente, ele que finge... Ele, ele, ele... Eu

Feliz aniversário pra mim!
Que eu seja muito feliz, tenha muito sucesso, consiga realizar todos os meus sonhos e Deus esteja sempre na  frente de toda as minhas escolhas.
Parabéns Raphael, felicidades.

Seja bem vindo 21!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sonho e fuga.

Daí a pele dela se arrepiou, como se num segundo toda a rotação da terra ficasse em lentidão. Seus olhos fixaram bem dentro dos dele. E foi um compasso, um laço, um traço... Desenho! A arte do corpo era pouco, suas almas se cruzavam em derradeiros barulhos em silêncio. O toque, o cheiro, a pele, o faro aguçado a procura da mesma coisa. Devagar, foi tudo muito devagar, mas parecia ser rápido demais. Tempo não era suficiente. Duas, três, quatro vidas, não seriam suficientes. A boca abria em centímetros como se quisesse babujar alguma palavra tosca. O vento que entrava por debaixo da porta fazia com que os seios dela tomassem forma de ataque. A fissura, o desejo, o gosto, o desejo, o gosto, do desejo, do gosto, que é desejo, que é gosto. Um sorriso em retirada, para um beijo! Afastaram-se, observaram um ao outro, despidos. Frontais, sinceros, corruptos um pelo outro. O barulho da chuva na janela fazia que o frio se transformasse em diluvio de chamas de fogo. Constelações em seus corpos, vibração em suas almas. Se puseram a se amar para nunca mais abandonar...
Acordou às sete horas da manhã, era sonho? Era mentira? Onde estava ela?
No seu planejamento de mundo, ela sempre esteve dentro dos seus olhos. Mas ela foi embora. No embaraço doloroso da vida, ela partiu. Correu para longe, onde havia outros campos. Quais seriam seus novos amores?
No quadro em que ele moldou, ela sempre foi sua imagem mais bonita. Ele mentia, ele errava... Mas ele amava tanto, à desejava tanto. Seus dias poderiam acabar por um abraço de reencontro.
Mas era cedo, ele precisava de colocar suas roupas nos devidos lugares, pois seu quarto estava uma bagunça. Tivera que tomar um banho, pois o orgasmo do sonho, fez com que ele suspirasse! Saiu pelos corredores estreitos da casa, procurando algum cheiro que sobrará. Nada restou. Ele ficou estatizado ainda com os vasos quebrados, com os beijos que ainda estavam guardados. Seu corpo sentia frio, e as fotografias não mentiam a história. "Eles foram além do ódio." Foi a primeira frase que o dia havia lhe presenteado. Ele se matou, ele morreu, ele já não mais vivia. Os remédios não foram suficientes. Então, ele não morreu, ele viveu. Encontrou na nudez solitária, uma forma estranha de se amar mais. As pedras que construíram muros e estavam espalhadas pelo chão, só faziam que ele as juntasse devagar, não para construir outra edificação, mas para guardar o que era estrutura. Ele decidiu não se casar, não ter filhos, queimou a poesia, riscou o CD.
E no almoço, saudade.

Raphael Ventreschi.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados!

O amor, que consegue corromper tudo, mover tudo, transformar tudo!
Então quando vai buscar minhas mãos e me levar para as alturas? Quando vai recitar um novo soneto, com cores de alegria desmedida? Então olhe dentro dos meus olhos, cante cantigas! Caminhe junte comigo, pois o amor pode sim mover todas as barreiras que você acreditou ser impossível!
Se um dia disser, não! Seja surdo, e continue caminhando. O verdadeiro amor não se separa, não se desvincula, não muda, não mente. Mas erra... Erra tanto, que machuca, magoa, fere. Mas persiste, nunca irá existir dor que seja maior que o amor, você nunca poderá dizer: Não!
Pois, não existem outras alternativas, você precisa do contato, do olhar, do beijo, do corpo, do afeto, do tato, do laço.
Laço, esse que você enxerga sem que ele exista, inventa sem que ele seja necessário. Aliança da mão direita, algumas bobagens no telefone, uma carta, um filme, uma música.
O amor tem trilha sonora, o amor canta, encanta, transforma. Você pode evocar tudo de ruim que tem e reunir em uma garrafa, a pessoa beberica devagar, mas no fim, bebeu tudo de vez, se embriagou de você e entregou: sonhos, futuro, sustos, medos, angústias, alegrias, felicidades... Planos!
Construa um castelo gigante, cheio de fantasia. Amor sem fantasia é realidade... Na realidade, não existe amor!
Você precisa de viver em um mundo paralelo e divergente, onde todos os seus demônios se tornam seus melhores cúmplices. O amor que amar você, vai ser acolhedor, vai aceitar seu passado, beijar com devoção seu presente, e prosperar com você no futuro.
Amar é sentir a sensação ofegante do coração a pedir mais, a respiração a quase falhar e suas palavras se engasgar em meio à alguns olhares pertinentes e intimidadores.
Sorria para a vida, quando o amor sorrir para você. Não se esqueça que todo tipo de amor abastece a alma, simplifica os problemas mais complexos e renova todas as esperanças que um dia já foram esquecidas.
O amor vai penetrando de pouquinho a alma, até se engrandecer de outro ser. Que entra em sua vida, transforma tudo o que antes parecia certo.
Amor comemora "Bodas", amor é singelo e generoso. Não se vende, não financia e muito menos negocia.
Um grande amor é uma janela aberta, para o horizonte desconhecido de uma felicidade desmedida.
Ame sempre com a maior força que existe! Mas nunca ame até se cansar, pois o amor não se cansa. Ele perdura, "Até que a morte os separe." Ou, não!

Feliz Dia dos Namorados! 

Raphael Ventreschi.

domingo, 10 de junho de 2012

Mulher

Dedico as próximas palavras, que serão gravadas, às mulheres. Essas, que desde quando ainda não somos elas já existem.
A mãe, a tia, a esposa, a amiga, a parceira, a Rainha. Não existe limites e nem  conceito certo para uma mulher. Elas simplesmente existem, para gerar a vida, para guerrilhar pelo amor. Na sensibilidade, o seio da natureza de eternizar gestos na delicadeza de amar.
Mulheres amam mais que os homens, são mais capazes de enfrentar seus próprios demônios. Elas estão sempre afugentando conflitos.
Mulheres, bonitas, feias, perfeitas, imperfeitas. Magras, pois não existem mulheres gordas, mas sim um pouco mais cheia. Cheia, de prazer, de sorrisos, mas com o mesmo cheiro de primavera como qualquer outra.
Mulher, mulher... Que está sempre sofrendo a etapa de precisar de engrandecer e provar. Que rompe as barreiras de ser mulher.
Que detém da força de parir, do amor de unir.
Mulheres não são grossas, são diretas. Mulheres não são mentirosas, omitem. Mulheres não cantam mal, sussurram... Mulheres não pedem, são concedidas. Mulheres não acreditam em contos de fadas, são parte principal de um.
Mulher não se incomoda, se retira, não usa o banheiro mas, o "toualet". Mulher não separa, junta. Não traí, se vinga. Mulheres não choram, exprimem seus sentimentos. Não correm, delicadamente estão com pressa. O sexo feminino não é frágil, é dominador.
Mulheres não erotizam, se transformam em quatro paredes. Mulheres não usam maquiagem, elas apenas melhoram a aparência quando se sentem a vontade.
Mulheres não compram roupa, se vestem bem. Mulheres não engordam, apenas exageram e perdem o foco do regime.
Uma mulher quando sorri, abre as janelas da atmosfera de qualquer homem. A mulher consegue traduzir com o olhar, coisas que nem os melhores interpretes fazem.
Mulheres não matam, elas se livram de problemas. Mulheres não sentem ciúmes, elas só estão inseguras.
Mulheres não são objetos, são para domínio, para possuir e ser única.
Mulheres não ofendem, dizem verdades... Mulheres não terminam, se cansam. Mulheres não fazem exercícios físicos, elas apenas caminham para manter a boa forma. Mulheres não são boemias, elas apenas saem a noite para se divertir com suas outras amigas mulheres, ou alguns rapazes também.
Mulheres não fazem sexo, fazem amor. Mulheres não aceitam metades, se satisfazem apenas com o inteiro.
Mulheres dividem, pois não fica com sobras...
E mulher não se define, se observa e ama. Pois a mulher, é um anjo sem fim independente de todas as diferenças que fazem com que elas sejam iguais!

Raphael Ventreschi.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dois, três, quatro... Até.

Dia de chuva, um cigarro aceso e todas as lembranças que afetam o coração, deixando de acelerar por não ter mais sua voz dentro dos meus ouvidos. Quando eu terei paz? Para dizer que os dias de chuva serão apenas torrentes?
O barulho das gotas em meu telhado traduzem o tamanho do meu sofrimento. Sons altos que molestam o melhor em mim... Eu agi por ruptura, fui afugentando minhas lágrimas dentro de um pote velho que fica designado a nunca ser aberto.
Chorar seria a forma mais certa de desembargar tudo, mas meu lado obsessivo de força, não permite que eu seja avesso aquilo que eu não me permito causar. Nem a  mim, muito menos a outras pessoas.
Vou cantando remorsos de mim, nesse barulho que tem cheiro de plantação nova.
Quem se deita-rá na minha cama para me abraçar e dizer que eu sou incrível? Quem são os palhaços que vão invadir meu picadeiro?
Nunca consegui encontrar neste mar, porto. E neste vinho tinto que eu bebo, esparramo pelo papel para se confundir com as minhas ideias bêbadas e meus versos difusos. Vou me confundindo com poesia, vou me alimentando de letras, vou escarrando pedaços obscuros que estão se desmontando.
Que estranho nesse barulhar, eu confundir minhas dores físicas! Meu corpo pede um pouco de arrego. Meus mistérios pedem um pouco de paz. Minha vida pede um pouco de sono.
Mas não durmo, não me deito. Só me desencontro, no meio de tanta multidão que apenas vai me afastando. Me arrancam o amor, me sufocam, me degradam, me fazem sucumbir.
Estou elevando, pensando, entrando no meu quarto apenas para me esquecer. Mesmo sabendo que existe cheiro de nós, em tudo que seria avesso.
Uma boca, um corpo, um sexo. Dois, três, quatro... Até quando vou me satisfazer?
É necessário se deitar em outros corpos, em lençóis brancos para se ter certeza da pureza?
Vou me fazendo perguntas, vou respondendo com dramas, vou gritando meus demônios, vou guardando. Guardando? Na verdade eu fui jogando tudo pelo ralo de uma só vez.
Vou me recuperando, vou me dissolvendo, vou me diluindo. Vou cantar uma voz, vou ser um só. Para que depois, no final do dia me sobrem apenas as relíquias de ser paz.

Raphael Ventreschi.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

E como você acordou hoje Raphael?

E desde então, eu quero sentir a brisa leve do vento. Com mais calmaria do que minhas tempestades momentâneas, eu vou gritar menos, dizer menos o que as pessoas precisam de fazer... E navegar, para longe. Onde eu consiga também me perder. Eu quero sorrir sem o compromisso de precisar fazer o mesmo depois das onze. Vou dormir com a agonia da indecisão de ser quem eu escolhi.
Mas vou acreditar mais no meu talento, amar mais minha família, abraçar com mais amor, meus pais, ovacionar mais vezes a guerreira extraordinária que minha irmã é, sorrir para meu cunhado e me fazer acreditar, que é o "cara". Ver meu menino crescer, escolher, viver... Poder beijar meu sobrinho, e o amar de forma surpreendente de ver ele ser homem para ele me ver morrer!
Eu vou estudar um pouco mais, nunca parar de escrever, ouvir mais músicas que eu goste, deixar de lado o que as pessoas podem pensar de mim. Comprar um roupa nova, um sapato recauchutado e sair... Me divertir, dançar, me permitir. Cantar alto, proclamar a vida em sons bem altos. Eu quero aproveitar até o último gole que meu organismo permitir. Quero gozar bastante, porque também é bom... Eu vou chorar? Eu vou, muito. Vou ouvir músicas e me lembrar! Mas eu tenho pessoas incríveis para me abraçar e dizer que eu sou bom mesmo dentro de todas as minha falhas. Nunca mais vou desejar morrer, e vou sempre pedir a Deus as coisas certas nos seus devidos lugares. Vou voltar menos a trás, vou rir mais das pessoas que me desagradam  e dar oportunidade para que elas sejam melhores.
Eu vou me dar uma nova chance de ser melhor para eu mesmo. Vou sair caminhando um dia sem destino, descalço, ouvindo músicas para relaxar e me inspirar. Eu vou me olhar com mais paixão no espelho. Vou evocar todas as minhas cicatrizes para que no final de tudo, eu consiga dizer que eu tentei e muito mais do que  isso acreditar ser suficiente.
Quero conhecer lugares novos, comprar um carro, um apartamento, ser feliz... Ter filhos, ou não... Eu quero acordar todos os dias, não querendo mudar meu nome, nem meu endereço. Aceitando.
Vou deixar que as pessoas me deixem mendigar. Vou ser mais sincero quando for realmente necessário, vou conservar meus velhos amigos, mas vou deixar a porta aberta para que todos tenham livre acesso e não se sintam obrigados a ficar.
Vou viver mais um dia, como vou viver o outro sendo mais um dia. E assim eu espero ser feliz, por mais que a vida seja surpreendente, e tudo mude de uma hora para outra. Eu vou viver, poque o meu show não pode parar! 

Raphael Ventreschi!

domingo, 3 de junho de 2012

Camila.

Até quando foi amor? Até que nos falamos adeus? Ou você disse pra mim que não era mais necessário acreditar!
Nosso amor era mais bonito que qualquer canção. Conseguimos passar por cima de toda a diferença que existe. Será que nos apaixonamos por outros corpos?
Será que tudo o que fizemos foi insuficiente para que pudéssemos acreditar que a vida iria sorrir algum dia?
Vou acreditando, vou rezando, vou levando. Como se neste primeiro dia, depois de uma negação eu conseguisse ser forte. Eu chorei, como se minha alma fosse se dissipar de mim. Mas guarde com você, minhas declarações e amor. Pois eu nunca vou conseguir, sorrir para alguém como eu me deslumbrava para você. Nunca vou conseguir estampar o meu melhor para outra pessoa que acredita que eu sou o excepcional de mim.
Pois o meu amor, sempre foi muito maior que qualquer erro. Pequei muito, feri muitas vezes. Mas seus abraços não são mais meus. E seus olhos se perderam no contexto que criei.
Ative seu conhecimento prévio, me conte sobre seus meninos. Fale-me mais sobre você! Quando eu vou superar essa dor de um amor que ainda ama? De uma alma que ainda pulsa?
 Meus olhos ainda enxergam o melhor que poderíamos ser juntos.
Helena, nosso sonho, "Marcha Nupcial"... Nossa maior conquista. Meus sonhos estão desmoronando. Mas acredite se eu morrer, fique com minha caixa mais preciosa meu sonho de artista. Meu ídolo. Pois você mais do que ninguém foi meu horizonte depois da montanha.
Você não consegue sentir mais nada além de fúria e dor? Os seus sentimentos se parecem com os meus. Mas sua alma feminina embarga minha emoção.
Vou deixar me povoar por poesia. Visite meu corpo quando se sentir a vontade. Mas vença. Eu desejo no fundo dos meus gostos mais profundos, que você revolucione tudo que está perto de você. Me ligue quando seu coração apertar, e sua saudade for por outro amor. Que adeus mais doloroso... Mas eu não posso fazer nada para que as coisas cheguem ao ponto da ofensa. Quem sou eu para ditar regras?  Eu morreria por você, poderia tirar você de qualquer pesadelo.
Meu amor, minha vida, "Minha Pequena". Neste aniversário, você não será a primeira pessoa  dizer: Felicidades por conseguir mais uma vez!
Sua voz, não vai mais incomodar meu sono, e nem fazer com que eu seja eternizado. Vou tirar meu relacionamento sério, quando eu tiver certeza que você já não pertence a minha alma...
Faça uma, duas ou onze... Mas a vida vai mostrando que tudo é surpreendente. E amores vão embora. Por erros meus, erros seus... Por erros. Por uma dor,  que já não nos pertence mais... Vou caminhando enquanto meus passos ainda me fazem seu. E quando já não mais, eu enfrento a dura realidade do abandono. Mas lembre-se: Você sempre será meus olhos cor de mel... Meu refúgio, minha guia.
Quando sentir medo, venha se sentar comigo e dizer que você não espera mais nada.
Me apresente seu novo amor, prove-me, que tudo que ele dedilhar será mais lindo e encantador... Pois eu desejo a você, toda a felicidade, que nunca consegui desejar á alguém!
Palmas, por sempre nos aceitarmos dentro de nossa enorme diferença. Vou olhar suas fotos com esmero de quem ainda ama, e morrerá apaixonado. Vou abraçar seu calor, para provar que eu sempre fui louco por você.
Adeus, palavra dolorosa, que machuca... Mas se você precisa de ser mais feliz. Voe minha passarinha, vá ser verão em outro hemisfério. Eu quero fazer você acreditar que este tempo, nossos detalhes só me fizeram melhor, muito mais do que eu acreditaria ser. E se um dia você chegar a dizer que toda responsabilidade por minha vitória ser sua, eu direi: Claro! Este jogo foi bem reconhecido por você, e todo o êxtase de ganhar é seu!
Seu anel, que estava encomendado para selar um novo inicio de vida; Etapas se corrompem dentro de si. Mas nunca, vou amar um outro amor. Com tanto verdade e delicia... Mas vá meu amor, se dedicar ao plano de ser você, e amar o pior que existe no mundo. Pois, você sempre conseguiu  trazer alegria e amor em tudo que fez!
Nunca vou me esquecer de você, de todos os seus sonhos, suas reclamações, de seus delírios e de todo o seu prazer! Vou me levantar pela manhã nos próximos dias até a eternidade. E saber que o número do seu telefone estava gravado em mim, e que seus sonhos eu vivia.
Eu amo... Amo muito, você, sua vida, seus desafios. Mas existe o adeus! Minhas lágrimas, não me dão chance. Mas a vida nos mostra o que é melhor... Felicidade Pequena, é o que eu sempre vou desejar a você. Homenagem nenhuma, leitura mais linda, ou poesia mais bela, irá conseguir decifrar este código que me faz sentir apaixonado por você!

Raphael Ventreschi.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Carta de uma mulher apaixonada, fim.

Depois que ele foi embora, ficou um rastro de mágoa dentro do meu coração. Como se eu tivesse me tornado onipotente para amar. Fui embarcando na minha própria frustração, fui embargando minhas lágrimas sujas. Não sei se pelo lado embaraçoso de não poder me apaixonar. Ou se realmente eu caí na rede cruel de não ser mais amada. O amor vai se tornando um caminho desiludido e cruel. Vai passando as horas do dia, e eu fico me perguntando quando o telefone tocará outra vez, para que acelere as batidas do meu coração. Fomos destinados a criminalizar juntos, a inventar novas histórias e a provar... Mas onde ficou toda a verdade que sempre dissemos que iria existir? Qual foi o ingrediente a mais que colocamos na nossa receita, para não vingar? Minhas lágrimas mancham meu diário, que tortura o meu melhor. Melhor que você construiu junto comigo, posicionou no lugar mais apropriado da minha alma. Alma essa que você beijou e disse ser apaixonado. Corpo esse que pertenceu, e logo menos você disse nunca mais, ou não disse, não houve tempo. Seria normal este gosto amargo que eu sinto por saber que não exista nada mais doce que sua paixão? Posso esperar por mais quantas horas, para não arrancar as minhas próprias arestas de orgulho e correr para você, com o mesmo carinho que eu sempre ofereci. Para quais oceanos você irá mergulhar?
Como eu ficarei aqui, sabendo que distante de mim tem a grande parte que me fez acreditar, em tudo que era inacreditável, que montou toda a estrutura que eu acreditara ser fiel. Onde está você agora? Que não chega. Você não vem, você não apareceu. Você nem ligou, dizendo mais uma vez adeus.
Estou pensando ainda, em como, onde, para que eu pequei tanto, para ser tão castigada. O meu corpo está frio, o meu coração bate lento.
Estou olhando para a fotografia suja que sobrou, depois dos baldes de tinta que joguei em todas as nossas memórias. Estou ficando passiva a esperar que a dor continue, afogada numa esperança de que ela nunca acabará. Agora eu vejo que a claridade que habitava na lúdica escuridão da minha vida era você. E os interpretes perfeitos da minha canção, era você quem regia. Com maestria, de um maestro único.
Frascos de perfume, cartas rasgadas no meio do piso manchado de cor azul, alguns pedaços do porta retrato de oito anos atrás, quando ainda éramos dois adolescentes inocentes. Onde estará você agora, que não aperta minha mão? E me faz deliciar com um delicado sorriso de permissão... Seus abraços gelados pelo seu corpo que sempre me esquentou.
Quem inventou o fim? O que eu faço com a paciência de não saber esperar?
Meus dias estão mais longos. Na verdade não entendo quanto tempo se passou. Mas eu não durmo, nem me alimento. Para que? Depois de você, ficou apenas a saudade de um bloco que ninguém irá cumprir, nem mesmo outro melhor ou quase igual amor. Não existirá! E fica a fúnebre sensação de nunca mais, e carregue contigo todo o meu amor para a eternidade.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Dia a Dia, novo, novo, velho...


Menino, cresceu. Nos seus olhos os dias de nuvem diziam a ele que não existia nada mais contagiante. A vida parecia carregar com ele a força de não desistir.
Menino, moço, homem. O tempo só passou e você foi se transformando em pequenos traços de luz.
E o que você deixou para trás? Fagulhas do seu espírito infantil? Ou um belo sorriso em fotografias antigas?
Aí sim, você disse coisas que eles precisavam ouvir. Sabe menino, não sei se seria peculiaridade da minha parte em dizer que você nunca dizimou nada, somou. Aliás, multiplicou, fiquei tentando várias vezes sorrir de longe dizendo que suas palavras estavam sendo sinceras. Você não ouvia!
Não me dizia e não enxergava e eu fui me transformando em camadas de homem.
Não sei até quando crescer foi desprovido de sonhos. Falta um pouquinho de tempo. As buzinas não me deixa mais pensar com paz.
Mentira, na verdade o grito seria mais forte. Minhas palavras seriam menos exaustivas, se eu conseguisse de alguma forma, parar de acordar às seis da manhã. Conseguisse correr, eu preciso correr o tempo precisa permitir que eu fosse mais.
Mais o que? Onde estão seus panos agora? Quem disse que seria uma parte bonita?
Daí então, o tempo só passou.  



quinta-feira, 17 de maio de 2012

Carmim da sua boca.

Daí então me deu um abraço como se quisesse empacotar meu corpo.
Pediu para ficar, eu não me exitei, deixei com que ela sentasse com seu vestido curto no canto da cama. Meus olhos disfarçadamente passava por suas pernas finas.
Eu já não sabia mais como agir, parecia que a luz do quarto ficava um pouco mais escura pela regulagem manual que eu mesmo movia, mas não percebia, que era meu corpo chamando o seu corpo em uma expressão nada romântica.
Ela me pediu vinho... Fui até minha dispensa de desejos e selecionei o melhor tinto que me sobrara depois da última festa que fiz em casa.
Voltei com taças grandes achei que se a embebedasse conseguiria tirar seu vestido com mais rapidez. Aquela lentidão dilacerava meu desejo e deixava-me com a sensação de que precisava pular em cima de seu corpo sensual que conversava com a minha carcaça sem ao menos dizer uma palavra.
Mas então, ela disse sobre seus livros favoritos, seus CDs colecionados, seu sonhos absurdos. E sorria com aquela boca pintada de carmim, e eu a vigiava com tolerância.
Me contou sobre seus casos antigos, seus amores reprimidos, seus jogos perdidos... Daí, eu sorri, me sentei ao seu lado na cama, e comecei a balançar meus dedos bem perto de sua anca. Como se ela não pudesse notar. Demos risadas aleatórias... E ela perguntou mais sobre mim e meus desejos, sonhos e medos. Eu respondi, e meu coração continuava batendo forte, parecia que corria na mesma velocidade que meu desejo de rasgar seu corpo com a sede que sentia da saliva de Olivia.
Começamos a trocar uns elogios e dizer que o tempo é uma dúvida na vida, por isso, precisamos sempre de correr. Demos mais uma porção de risada, e a garrafa já estava na sua metade.
Ela reclamara de frio. Assim, pensei comigo: Como pode reclamar que está gelado, sendo que meu sangue está quente, meu corpo está vibrando, venha eu posso aquece-la.
Mas não disse nenhuma palavra sequer, retirei meu casado e estendi sobre seu ombro. Com um olhar tímido me agradeceu. E eu com o olhar de desejo respondi: Deixe-me abraça-lá. Parece que ela foi complacente e assim eu fiz.
A tomei em meus braços como se fosse sufoca-lá, ela segurou os cabelos da minha nuca, como se estivesse respondendo que também não queria se soltar do meu leviano corpo.
Nos separamos, mas ainda estávamos próximos. Nos olhamos, nos observamos, nos alimentamos pelos olhos.
E assim... Nos beijamos na magia de que nunca acabasse.
Eu com minhas mãos ásperas comecei a desabotoar seu vestido, e ela sorriu complacente. Não consegui me conter, rasguei... Comi, a comi com um amor desumano. Mais parecido com a fertilidade do leão! Nos amamos muito. Nos amamos como se fosse o fim. E só existisse agora, nada de depois.
Amanheceu, e estamos envolvidos juntos no lençol branco daquela enorme cama que nos abraçava compassivamente!
Em diante, a nossa história teve a trágica tendência da rotina, mas a salvação impetuosa do amor. Deixo para você imaginar como foi o final.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Então, olhe pela janela o que vê?
Céu azul pintados de nuvens brancas? Ou o inverno vindo abraçar você com compaixão?
Sendo assim eu tenho outras informações para oferecer, não que sejam reais e nem cheias de verdade. Mas são úteis para o seu entardecer apaixonado.
Eu minto ás vezes, mas canto para que os pássaros tragam de volta pra mim o tom meia cor que o destino me fez perder em ruas estreitas, que a vida fez o favor de desprender de mim!
Caminhe até quando suas pernas não derem conta e você precise de usar o coração.

Raphael Ventreschi.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Re - "VOLTA"

Oi vida, tudo bem?
Estou aqui hoje para jogar alguns retratos velhos, posso?
Vou deixar as cartas em cima daquela mezinha velha que sempre esteve ali. Eu gosto de ler algumas coisas ás vezes. Prefiro não queima-las. Confesso que vou renovar alguns moveis para poder dar mais vida para essa alma que anda tão descabida.
Vou comprar mais tinta para quem sabe, colorir o lado desumano que anda embargando o melhor de mim.
Se fosse real você poderia me dar uma ajudinha de leve, para que eu conseguisse sobreviver sem que esse drama cotidiano afligisse minha alma, não é mesmo?
Tudo bem eu sei. Estou grande para escrever nos meus cadernos “do ano passado” e ficar fazendo planos que alguma coisa poderia ser diferente. Mas será realmente que eu não consigo fazer diferente?
Mas eu ando acreditando tanto, canto ás vezes sem notar. Dou uns abraços reais nas pessoas que amo. Antes de entrar em mim mesmo!
Vou vivendo, vou deixando, vou permitindo. Até quando vida?
Vida? Está aí? Deixando que meus rastros se eternizem?
Responda-me!
Quem vai se lembrar de mim depois que eu fechar meus olhos e colocar todos para ninar de paixão?
Estou surdo para algumas coisas. Mas isso seria bom.
Recomeçar é sempre a hora, renovar é sempre o primeiro passo. Estar de volta pode ser o momento certo de vencer!
O meu nome é: Não ser! Minha vontade é poetizar. Fique aí com minhas palavras. Bom almoço.