segunda-feira, 4 de junho de 2012

E como você acordou hoje Raphael?

E desde então, eu quero sentir a brisa leve do vento. Com mais calmaria do que minhas tempestades momentâneas, eu vou gritar menos, dizer menos o que as pessoas precisam de fazer... E navegar, para longe. Onde eu consiga também me perder. Eu quero sorrir sem o compromisso de precisar fazer o mesmo depois das onze. Vou dormir com a agonia da indecisão de ser quem eu escolhi.
Mas vou acreditar mais no meu talento, amar mais minha família, abraçar com mais amor, meus pais, ovacionar mais vezes a guerreira extraordinária que minha irmã é, sorrir para meu cunhado e me fazer acreditar, que é o "cara". Ver meu menino crescer, escolher, viver... Poder beijar meu sobrinho, e o amar de forma surpreendente de ver ele ser homem para ele me ver morrer!
Eu vou estudar um pouco mais, nunca parar de escrever, ouvir mais músicas que eu goste, deixar de lado o que as pessoas podem pensar de mim. Comprar um roupa nova, um sapato recauchutado e sair... Me divertir, dançar, me permitir. Cantar alto, proclamar a vida em sons bem altos. Eu quero aproveitar até o último gole que meu organismo permitir. Quero gozar bastante, porque também é bom... Eu vou chorar? Eu vou, muito. Vou ouvir músicas e me lembrar! Mas eu tenho pessoas incríveis para me abraçar e dizer que eu sou bom mesmo dentro de todas as minha falhas. Nunca mais vou desejar morrer, e vou sempre pedir a Deus as coisas certas nos seus devidos lugares. Vou voltar menos a trás, vou rir mais das pessoas que me desagradam  e dar oportunidade para que elas sejam melhores.
Eu vou me dar uma nova chance de ser melhor para eu mesmo. Vou sair caminhando um dia sem destino, descalço, ouvindo músicas para relaxar e me inspirar. Eu vou me olhar com mais paixão no espelho. Vou evocar todas as minhas cicatrizes para que no final de tudo, eu consiga dizer que eu tentei e muito mais do que  isso acreditar ser suficiente.
Quero conhecer lugares novos, comprar um carro, um apartamento, ser feliz... Ter filhos, ou não... Eu quero acordar todos os dias, não querendo mudar meu nome, nem meu endereço. Aceitando.
Vou deixar que as pessoas me deixem mendigar. Vou ser mais sincero quando for realmente necessário, vou conservar meus velhos amigos, mas vou deixar a porta aberta para que todos tenham livre acesso e não se sintam obrigados a ficar.
Vou viver mais um dia, como vou viver o outro sendo mais um dia. E assim eu espero ser feliz, por mais que a vida seja surpreendente, e tudo mude de uma hora para outra. Eu vou viver, poque o meu show não pode parar! 

Raphael Ventreschi!

5 comentários:

  1. Como já disse Cazuza: o tempo não para né Rapha? então vamos viver da melhor forma possível. Muito bonito o texto. Adorei =)

    Priscila.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O tempo não para, e ele dizia que nós ainda passamos correndo! Mas a gente aprende, chega uma hora que infelizmente ou não, aprendemos.

      Excluir
  2. muito lindo, muito forte pra quem te conhece como eu....te amo, estarei sempre aqui.....como sempre chorei....beijos
    Solange (madrinha)

    ResponderExcluir
  3. Rapha suas palavras são lindas, aliás muito lindas!! Conto comigo quando e se precisar...te amo muito, continue assim porque esse é o caminho! Beijos

    ResponderExcluir
  4. Seu olhar esta triste nesta foto...???????
    Tia Sol

    ResponderExcluir